Bem Vindo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

 
 É impossível querer que as minhas palavras 
não me exponham,
é inevitável que elas me arranquem 
peça por peça de roupa,
e é muita ingenuidade achar que elas gerarão 
reacções idênticas.
As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir,
causam repulsa e contrariam.
Geram polémica e desconforto,
da mesma maneira que confortam.
E, de uma forma ou de outra, 
me tornam vulnerável
Precisamos saber calar.
Existem momentos em que a melhor
maneira de resolver nossas coisas é 
aguentando firme.
Nestas horas, fica difícil até mesmo procurar
um sentido espiritual para nossa vida.
Este sentido existe, independente de compreendermos ou não,
mas se não conseguimos vê-lo, 
não adianta forçar a barra.
Os hindus chamam isto de “yoga da inação”:
sair de si mesmo e olhar–se como 
se fosse outra pessoa.
Observar os próprios gestos, 
as preocupações, o medo...
Quando conseguimos isto,
todos os falsos problemas desaparecem.
Então temos tempo e calma necessários
para resolver o que realmente precisamos.
Nossos sentimentos são seres vivos e 
decidem sem nos consultar.
A prova de que na vida,
rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.

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