Para
me saber não é preciso ser preciso.
Sou
filme sem legenda,
mas
de sorrisos largos que falam por mim.
Amanheço
antes do dia,
ao som de músicas que invento.
E
duro só o instante.
Passou,
passado.
Para
estar comigo há que
se entender meu silêncio,
embora
haja sempre alguém
falando dentro de mim.
Percorrer-me?
Só
se for devagar, estou nos detalhes.
Em
mim tudo acontece quando é tempo.
Já
sei esperar.
Só
não tenho intervalos,
não
preciso nem de causas, e nem de efeitos.
Entrego-me
para quem me sabe.
Sou
abrigo, e também sou céu aberto.
É.
Sou.
E
sou eu quem vai pagar por isso.
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