Quem
dera eu aprendesse a viver
cada
dia como se fosse o último.
O último pra esquecer tolices.
O
último para ignorar o que,
no
fim das contas,
não
tem a menor importância.
O
último para rir até o coração dançar.
O
último para chorar toda dor
que
não transbordou,
e
virou nódoa no tecido da vida.
O
último para deixar o coração aprontar,
todas
as artes que quiser.
O
último para ser útil em toda circunstância
que
me for possível.
O
último para não deixar o tempo
escoar
inutilmente entre os dedos das horas.
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