Bem Vindo

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Quem dera eu

 
Quem dera eu aprendesse a viver
cada dia como se fosse o último.
 O último pra esquecer tolices.
O último para ignorar o que,
no fim das contas,
não tem a menor importância.
O último para rir até o coração dançar.
O último para chorar toda dor
que não transbordou,
e virou nódoa no tecido da vida.
O último para deixar o coração aprontar,
todas as artes que quiser.
O último para ser útil em toda circunstância
que me for possível.
O último para não deixar o tempo
escoar inutilmente entre os dedos das horas.

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