Bem Vindo

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Sou a favor da música autêntica,
sincera, espontânea.
Daquela que significa algo para você
só no momento em que você a escreve,
e daquela que transforma algo dentro de você.
Sou a favor daquelas músicas
que você escuta pela primeira vez e não curte muito.
Escuta outra vez e não consegue entender
o que as pessoas gostam nela.
Continua ouvindo e quando se dá conta
já tem ela no seu iPod.
E também sou a favor daquelas que
conquistam logo de primeira.
Sou a favor daquelas músicas meio alternativas,
que ninguém mais ouve,
mas que você (e só você) percebe 
a genialidade nelas.
Sou a favor de padrões musicais
complexos, impopulares,
feitos para deliciar ouvidos treinados
e confundir ouvidos medíocres.
Mas também sou a favor da simplicidade da música.
Da música minimalista, crua, singela e bucólica.
Que toca você pela essência,
pelas emoções, ou só pela batida.
Sou a favor da música que mexe com o corpo.
Da música que dá prazer, que excita,
que anima, que te faz perder o controlo.
E sou a favor da música que mexe com a alma,
que te faz passar da euforia para a
melancolia num mero acorde.
Sou a favor das melodias infantis.
Sou a favor da música erudita.
Sou a favor das batidas alucinantes.
Sou a favor da música comercial,
porque o que vende é o que as pessoas têm ouvido,
e as pessoas ouvem o que toca.
Sou a favor da música que toca.
Sou a favor da boa música,
embora boa música signifique uma
coisa diferente para cada um.
Sou a favor da música que expressa.
E é por isso que eu entendo actos de quebrar
ou até queimar instrumentos musicais no palco,
mesmo com dor no coração.
É por isso que entendo as crises de choro, e de riso,
e os sussurros, e os gemidos,
e os berros de um artista autêntico se apresentando.
A música expressa.
A música mexe.
A música toca.

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