Como sou misteriosa.
Sou tão delicada e forte.
E a curva dos lábios manteve a inocência.
Não há homem ou mulher que por acaso não se
tenha olhado ao
espelho e se surpreendido
consigo próprio.
Por uma fracção de segundo a gente se vê como
um objecto a ser
olhado.
A isto se chamaria talvez de narcisismo,
mas eu chamaria de:
alegria de ser.
Alegria de encontrar na figura exterior os ecos
da figura
interna:
ah, então é verdade que eu não me imaginei,
eu existo.
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