acolhida, não passa de uma
forte emoção.
Nem toda dor é causada por alguém:
dor de amor é a mais vulgar
(no sentido de ser a mais
comum),
dor existencial é uma
transcendência.
Não evito minhas dores,
vou até o cerne dos
sentimentos,
vejo-a tão vital quanto a
alegria.
Pois se, através deste
processo também
me vem a necessidade de auto investigação
e evolução interna,
por mais desnorteada que eu
me veja
enquanto inserida no
emocional da situação,
é esse desconforto que me
indica o degrau acima,
me tira da zona de conforto,
me instiga a buscar uma nova direcção.
A dor bem aproveitada não
deve ser temida,
deve ser usada como
ferramenta
para o auto conhecimento,
extirpação do mal resolvido,
para o crescimento.
Eu não temo a dor, nem emoção
alguma,
se assim fosse, até a alegria
me incomodaria.
O que não permito é que ela
me
leve ao estado da prostração,
da auto piedade ou de algo
que não aceite regeneração.
Dor transmuta-se.
E o Tempo dono de todas as
coisas,
ensina quão provisório é o
pranto e a gargalhada.
Por isso não recuso nada.
Que venha o que vier, como
vier.
Eu suporto qualquer
circunstância que me lapide,
que me desassossegue para que
eu
valorize os momentos de paz
do meu coração.
Vida é totalidade.
Inclui tudo.
Vida é vontade de Mundo.
Dor faz parte da vida e,
por mais preciosa que seja,
não permito que ela seja a
parte mais importante.
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