Bem Vindo

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Meu despertar

 
 Viajei pelas profundezas do meu ser,
em busca das razões da minha própria existência.
Caminhei por estradas escuras, gélidas;
labirintos quase que indecifráveis.
Por muitas vezes,
pensei que não havia sentido nessa busca;
que a mim restava apenas esperar o passar do tempo
e a chegada das suas consequências.
Culpei reis, rainhas e 
todos os que compunham o meu reino.
Feito criança,
que acredita haver monstros em 
seu armário no meio da noite,
escondi os meus medos por trás de inimigos
que eu mesma criei.
Percebi que as respostas pelas quais
procurava jamais seriam encontradas.
Descobri que os monstros eram meus;
apenas frutos do medo de não ser mais criança,
de não ter mais apoio nas fantasias
que me mantinham longe da minha própria realidade.
Na verdade,
não havia maiores culpados pela minha involução 
que não eu mesma.
Neste instante,
num interior em que a penumbra residia,
parecia acender uma luz singela, discreta,
mas que reflectia a existência de um ‘eu’ adormecido.
Num piscar, já é dia.
Portas e janelas abertas.
Fui vencer na vida!

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