em
busca das razões da minha própria existência.
Caminhei
por estradas escuras, gélidas;
labirintos
quase que indecifráveis.
Por
muitas vezes,
pensei
que não havia sentido nessa busca;
que
a mim restava apenas esperar o passar do tempo
e
a chegada das suas consequências.
Culpei
reis, rainhas e
todos os que compunham o meu reino.
Feito
criança,
que
acredita haver monstros em
seu armário no meio da noite,
escondi
os meus medos por trás de inimigos
que
eu mesma criei.
Percebi
que as respostas pelas quais
procurava
jamais seriam encontradas.
Descobri
que os monstros eram meus;
apenas
frutos do medo de não ser mais criança,
de
não ter mais apoio nas fantasias
que
me mantinham longe da minha própria realidade.
Na
verdade,
não
havia maiores culpados pela minha involução
que não eu mesma.
Neste
instante,
num
interior em que a penumbra residia,
parecia
acender uma luz singela, discreta,
mas
que reflectia a existência de um ‘eu’ adormecido.
Num
piscar, já é dia.
Portas
e janelas abertas.
Fui
vencer na vida!
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