Compreensão, atenção, coração, emoção,
imaginação, pretensão
e
todos os ãos (hoje) tão presentes,
fizeram morada nessa
casa que chamo Eu-Lugar.
Aqui habito, aqui me
permito sentir.
Agrido, regrido,
abandono, busco.
Lugar meu onde
encaixo, desembrulho,
tomo forma, perco o
sentido, desassossego.
Escorrego quando
quero,
me derramo quando
posso,
me pertenço quando
Sou.
E sou...
Tantas, todas e
nenhuma, sou eu mesma;
mesmo quando não
pareço ser.
Brindo a companhia e
me debruço-entregue
nesse espaço tão meu,
tão Eu-lugar,
Eu-amar,
Eu estar.
Eu.
Antes de qualquer
coisa, sem negação.
Eu quero sem ãos,
no sentido mais
literal da palavra.
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