Bem Vindo

terça-feira, 13 de outubro de 2015

 
 Eu nunca serei o que você quer.
Sempre serei o que eu decidir ser 
e mais nunca me defino,
porque quando quiser mudo, 
me reinvento.
Você não tem noção de quantos recomeços
eu precisei para não ir até o final.
E sou isso, sou do género da inconstância,
vizinha da mudança, próxima da inovação.
Desculpe se não sou o que você 
resume ou pretende
e não me leve a mal:
amo minha versão original.
Não serei rascunho,
nem você me passará a limpo.
Se quiser, vem comigo correr perigo,
amanhecer e ser sempre novo e outro,
descobrir o gosto de desaprender 
quem dizem que somos.

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