Bem Vindo

domingo, 12 de outubro de 2014

Nunca consegui desejar o mal

   Nunca consegui desejar o mal
de uma forma calculada a alguém,
ainda que tal pessoa tivesse provocado
em mim das maiores tristezas do mundo,
 sempre acreditei que...
a vida acabaria por encarregar-se dela.
A minha raiva, tal como de uma criança
tem prazo de validade,
zango, choro, esbravejo,
mas assim que passa algum tempo tento
limpar o meu coração de toda mágoa,
e arranjo formas de seguir.
Sempre tive um coração meio mole.
Um coração que alegra-se por pequenos gestos,
que prende-se a detalhes que só eu vejo,
que acredita na mudança das pessoas,
e que quando se entrega atira-se.
Nunca soube ser metade de nada nem de ninguém,
quando estou, e quando não estou não estou.
Nunca soube viver uma meia-vida.
Daí que quando entro em uma vida não ofereço
apenas o meu melhor,
mas sim o meu tudo.

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