em mim,
é
uma cicatriz interna,
mesmo
que eu queira
nunca me desgarrarei dela.
Eu
gosto de
sentir, tocar, apreciar, compreender.
Gosto
do que não entendo também.
E
gosto mesmo.
Como
um desafio obrigatório a se cumprir.
Ninguém
vai longe sem
essa vontade de sentir a tudo,
em
meio a tantos cheiros, a tantos gostos,
tanta
vontade, tantos rastros...
Tudo
o que obviamente é novidade
me
desperta um interesse absurdo.
E
eu corro.
Me
empenho na busca de novas descobertas,
antes
que me perca do que me espera.
As
pessoas me mandam ter paciência,
mas
o medo sempre me deixa inquieta, sabe?
Coisas
bobas me causam espanto e
podem
ter um efeito angustiante no meu interior.
Por
enquanto, só conheço esse lado meu:
o
lado bobo, indefeso, pequeno.
Nos
meus pensamentos,
fico
desenhando momentos que desejo viver e,
mesmo
que não viva,
terei
a satisfação como recompensa
pelo
prazer de ter sonhado...
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