Bem Vindo

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Só quem veste, sabe. Só quem toca, transcende.

 
 Herdeira de um eu desarmado, 
arraigado e gigante,
as vezes, enfraqueço.
Alguma parte minha fica ao meio.
Qualquer recolhimento quando dura muito tempo,
produz distâncias, ligações vazias e
resumos retraídos de mim mesma.
Preciso me esconder em um território próprio amplo.
Experimentar a minha nova dose.
Perdoar meus hábitos no final do dia, 
virar os copos.
Preciso me recolher até o tempo 
de ficar grande de novo
e pegar de volta o caminho
o novelo, o ponto certo, o outro, a chave.
Devolver-me.
Voltar palavra, bem maior que a estação
que me fez ficar em silêncio e friável 
por tanto tempo e nesse momento, 
explicar parece desnecessário, pequeno.
Certas particularidades são indivisíveis.
Incontáveis.
Só quem veste, sabe.
Só quem toca, transcende.

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