Salve
o amor.
Aquele
de conchinha e barba na nuca,
que podedurar
para sempre
ou só até amanhã.
Aquele
amor sem medo, sem freio,
que ama e pronto.
Salve
o amor que a gente dá e
pega de volta outra hora,
outro
dia, com outra pessoa.
Salve
o amor-próprio,
que resolve a vida de muitos,
o
amor das amigas,
que aguenta, arrasta e levanta.
Salve
o amor na pista,
que roça, se esfrega,
se
joga e vai embora.
Um
amor só para hoje,
sem pacote para presente,
sem
laço ou dedicatória.
Salve
o primeiro amor, que
rasgou,
perfurou, corroeu... ensinou.
Salve
o amor selvagem,
o amor soltinho,
o amor amarradinho.
Salve
o amor da madrugada, sincero
enquanto
dure e infinito posto que é chama.
Salve
o amor nu,
despido de inverdades e traquitanas eletrônicas.
Salve
o amor de dois a dez,
um amor sem vergonha,
sem
legenda.
Salve
o amor eterno,
preenchido de muitos ardores.
Salve
o amor gigante, mas sem palavras,
o
rotativo e o escrito,
salve o amor rimado, cego, de quatro.
Salve
o amor safado,
sincero e sincopado,
o
amor turrão e o encaixado.
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