Bem Vindo

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Salve o amor

 
Salve o amor.
Aquele de conchinha e barba na nuca, 
que podedurar para sempre 
ou só até amanhã.
Aquele amor sem medo, sem freio, 
que ama e pronto.
Salve o amor que a gente dá e 
pega de volta outra hora,
outro dia, com outra pessoa.
Salve o amor-próprio, 
que resolve a vida de muitos,
o amor das amigas, 
que aguenta, arrasta e levanta.
Salve o amor na pista, 
que roça, se esfrega,
se joga e vai embora.
Um amor só para hoje, 
sem pacote para presente,
sem laço ou dedicatória.
Salve o primeiro amor, que
rasgou, perfurou, corroeu... ensinou.
Salve o amor selvagem, 
o amor soltinho, 
o amor amarradinho.
Salve o amor da madrugada, sincero
enquanto dure e infinito posto que é chama.
Salve o amor nu, 
despido de inverdades e traquitanas eletrônicas.
Salve o amor de dois a dez, 
um amor sem vergonha,
sem legenda.
Salve o amor eterno, 
preenchido de muitos ardores.
Salve o amor gigante, mas sem palavras,
o rotativo e o escrito, 
salve o amor rimado, cego, de quatro.
Salve o amor safado, 
sincero e sincopado,
o amor turrão e o encaixado.

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