Bem Vindo

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Talvez eu

 Talvez eu 
venha a envelhecer rápido demais.
Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões 
no decorrer de minha vida.
Mas farei que elas percam a importância
diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças 
para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu 
sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo 
olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas terei humildade para aceitar
as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, 
eu derrame muitas lágrimas.
Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em
algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.
Mas não desistirei de continuar trilhando 
meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos 
eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender que aqueles que
realmente são meus verdadeiros
amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei continuar plantando a semente
da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que
não consigo seguir o ritmo da música.
Mas então,farei que a música 
siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.
Mas aprenderei a desenhar um,
nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas amanhã irei recomeçar,
nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência que os
verdadeiros ensinamentos já
estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz
de saber a letra daquela música.
Mas ficarei feliz com as outras capacidades 
que possuo.
Talvez eu não tenha motivos 
para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar 
com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.
Mas ao invés de fugir, 
irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que,
mesmo com incontáveis dúvidas,
eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso,
é porque como diz aquele ditado:
 “ainda não chegou o fim”
Porque no final não haverá nenhum “talvez”
e sim a certeza de que a minha vida
valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

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