Incontrolável.
Paciente.
Consegui
tirar a areia dos pés.
Me
desfiz das incertezas que grudaram no cabelo.
Lavei
o sal do corpo e agora vivo assim,
fazendo
doces de mim.
Evoluo
no meu papel de ser mar ou ser nada.
Adoço
a vida não porque
ultrapasso a leveza de um pássaro.
Adoço
porque eu preciso fazer a alma sorrir
enquanto
a fechadura do desânimo
não
arrebenta o chão das certezas.
Continuo
a velha cria do que um dia não aconteceu.
Ainda
sou a velha cria do que nunca foi dito.
Por
isso, se eu escolher o silêncio,
por
favor, por tudo o que nos une: respeite.
O
meu amor há de ter maior força.
E
tem. E grita no momento certo.
Enquanto
ele não vem, não cante os erros
em
um tom maior que o nosso.
Porque
depois de cegar, o amor ensurdece.
E
agora, além da certeza de que
nada
mais cantará tão certo como o
caminho
das reticências famintas de mim,
entendo
o último parágrafo que envolve o meu corpo:
eu
preciso muito me ouvir.

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