Tenho
aprendido com o tempo coisas
que
somente com o tempo
a gente começa a aprender.
Que
o encontro amoroso, para ser saudável,
não
deve implicar subtracção:
deve
ser soma.
Que
há que se ter metas claras, mas,
paradoxalmente,
como alguém me disse um dia,
liberdade
é não esperar coisa alguma.
Que
a espontaneidade e a admiração
são
os adubos naturais
que fazem as relações florescerem.
Que
olhar para o nosso medo,
conversar com ele,
enchê-lo
de cuidado amoroso quando
ele
nos incomoda mais, levá-lo para passear
e
pegar sol, é um caminho bacana para
evitar
que ele nos contraia a alma.
Tenho
aprendido que se nos olharmos
mais
nos olhos uns dos outros
do que temos feito,talvez
possamos nos compreender melhor,
sem
precisar de muitas palavras.
Que
uma coisa vale para todo mundo:
apesar
do que os gestos às vezes
possam aparentar dizer,
cada
pessoa, com mais ou menos embaraço,
carrega
consigo um profundo anseio por amor.
E,
possivelmente, andará em círculo,
cruzará
desertos, experimentará fomes,
posará de vítima para várias fotos,
pulará
de uma ilusão a outra,
brincará
de esconde-esconde com a vida,
até
descobrir onde o tempo todo ele está.
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