Deixa-me errar alguma vez,
porque também
sou isso:
incerta e dura,
e ansiosa de não
te perder
agora que entrevejo
um horizonte.
Deixa-me errar e
me compreende
porque se faço
mal é por querer-te
desta maneira
tola, e tonta, eternamente
recomeçando a
cada dia
como num descobrimento
dos teus
territórios de carne e sonho, dos teus
desvãos de
música ou vôo, teus sótãos e porões
e dessa
escadaria de tua alma.
Deixa-me errar mas não me soltes
para que eu não
me perca
deste tênue fio
de alegria
dos sustos do
amor que se repetem
enquanto houver
entre nós essa magia.
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