Bem Vindo

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Deixa-me errar

 
Deixa-me errar alguma vez,
 porque também sou isso: 
incerta e dura,
 e ansiosa de não te perder 
agora que entrevejo
 um horizonte.
 Deixa-me errar e me compreende
 porque se faço mal é por querer-te
 desta maneira tola, e tonta, eternamente
 recomeçando a cada dia 
como num descobrimento
 dos teus territórios de carne e sonho, dos teus
 desvãos de música ou vôo, teus sótãos e porões
 e dessa escadaria de tua alma.
 Deixa-me errar mas não me soltes
 para que eu não me perca
 deste tênue fio de alegria
 dos sustos do amor que se repetem
 enquanto houver entre nós essa magia.

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