Bem Vindo

domingo, 5 de janeiro de 2014

ALGEMAS DE CARNE

 Nestes teus braços preso, com brandura,
viver a vida inteira... 
Quem me dera!
São algemas de carne... 
São loucura...
Dos quais sair não posso e nem quisera!

O amor não passa de sutil quimera
num sonho todo feito de ventura:
Nasce no alvorecer da primavera
para morrer no outono da amargura!

Em cada elo dessa algema eu sinto
o prazer de morrer... 
Sinto a doçura
que não senti na taça de absinto...

E toda aquela minha desventura
em prazer se transforma... 
E já pressinto
sucumbir nesse laço de ternura!

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