viver
a vida inteira...
Quem me dera!
São
algemas de carne...
São loucura...
Dos
quais sair não posso e nem quisera!
O
amor não passa de sutil quimera
num
sonho todo feito de ventura:
Nasce
no alvorecer da primavera
para
morrer no outono da amargura!
Em
cada elo dessa algema eu sinto
o
prazer de morrer...
Sinto a doçura
que
não senti na taça de absinto...
E
toda aquela minha desventura
em
prazer se transforma...
E já pressinto
sucumbir
nesse laço de ternura!
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