e trago um ceptro e uma
coroa,
o primeiro de ferro, a
segunda de urze,
para ser o rei efémero
desse amor único e breve
que se dilui em partidas
e se fragmenta em
perguntas
iguais às das amantes
que a claridade atordoa e
converte.
Deixa-me reinar em ti
o tempo apenas de um
relâmpago
a incendiar a erva seca
dos cumes.
E se tiver que montar
guarda,
que seja em redor do teu
sono,
num êxtase de lábios
sobre a relva,
num delírio de beijos
sobre o ventre,
num assombro de dedos sob
a roupa.
Eu estava morto e não
sabia, sabes,
que há um tempo dentro
deste tempo
para renascermos com os
corais
e sermos eternos na
sofreguidão de um instante.
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