Bem Vindo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Amor-próprio

Não importa quantos corpos
você tenha no verão, no inverno
você sente falta da história,
da alma, das manias.
Vai ser ele por um bom tempo
o dono das saudades bobas,
das carências mais fortes, do carinho.
Você vai tentar substituir ele por outro,
assim, como quem muda
de manteiga no café da manhã.
E pode dar muito certo por uns meses,
depois o novo cara é só mais um anexo
no arquivo de decepções e a saudade,
de algum modo estranho, nem é do cara novo.
Não se cura um amor com um novo amor.
Se cura com amor-próprio.

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