Bem Vindo

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

 
Obrigado.
Valeu.
Um abraço.
Um sorriso.
Palavras e gestos tão simples, tão fáceis,
tão necessários, que infelizmente
estão entrando em extinção.
Não que eu conceda favores esperando
receber reconhecimento ou algo em troca,
mas fazer tudo por uma pessoa sem ganhar
nenhum tipo de agradecimento 
ou consideração machuca.
Dói ainda mais se nos retribuem com
a ingratidão de uma fofoquinha maldosa
ou com um olhar torto quando os
papéis se invertem e nós é que precisamos de apoio.
Quantas vezes defendemos um amigo
mesmo sabendo que ele está errado?
Quantas vezes deixamos de realizar
nossas vontades pra ajudá-lo?
Passamos tardes de sol inteiras trancados
num quarto escuro emprestando o
ombro pra que a pessoa desabafe.
Vamos pra festas quando o que
mais queremos é ficar em casa, embaixo das cobertas.
Desmarcamos compromissos
para cuidá-lo quando fica doente.
Nada mais justo e normal.
Saber que confortamos alguém especial,
que seu dia foi mais alegre
apenas por nosso suporte, nossa companhia,
nos faz um bem enorme.
No entanto, investir numa amizade,
ser sincero e fiel desde primeiro momento até o último,
para ser enganado assim que surge uma oportunidade,
inevitavelmente, abre um rombo no
peito de quem um dia acreditou numa relação verdadeira.
Chega uma hora em que ser amigo
pelos dois cansa, perde a graça.
Ninguém precisa de falsos amigos
ou daqueles que ficam por perto apenas
quando as coisas estão indo às mil maravilhas.
Queremos pessoas sempre prontas a
nos ouvir, nos entender e respeitar
nossas particularidades e limitações.
Queremos amigos que ofereçam 
o colo quando estamos sós,
que nos puxem as orelhas quando erramos,
que se preocupem em nos ver felizes.
Amigos em quem podemos contar em qualquer
momento e que confiem em nós acima de qualquer coisa.
Pessoas incapazes de duvidar da nossa lealdade,
do nosso caráter, e, principalmente,
que saibam dizer muito obrigado,
seja com palavras ou com o coração.
A quem não se encaixa nesse perfil,
só nos resta a certeza de que não merece fazer
parte de nossas vidas,
e também um recado:
Tchauzinho, já vai tarde!

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