Bem Vindo

domingo, 29 de setembro de 2013

Já abandonei 
as migalhas, os meios termos, as ausências.
Já abandonei 
as incertezas, as confusões,
as dúvidas, os medos e receios.
Abandonei a 
falta de jeito, a falta de coragem,
a falta de amor, a falta de fé.
Abandonei tudo 
aquilo que nada me acrescentava.
Quando a vida precisa florir a gente precisa colaborar.
Temos mania de acumular o desnecessário.
A arte do desapego custa para acontecer
e para a gente aprender.
 Queremos ter o controle de tudo e
por medo de aceitar que as coisas nem
sempre serão como a gente espera,
a gente às vezes aceita os pedaços de emoções
que nos dão, aceitamos as desculpas que
são criadas, aceitamos o sentir bagunçado do outro.
E depois nada faz sentido.
Atropelamos tudo.
E ainda culpamos o universo 

por não conspirar a nosso favor.
A verdade é que não podemos coleccionar
migalhas, emoções controladas e limitadas.
A gente fica com a parte inteira, o prato cheio.
Do contrário disso é pedir para viver uma vida vazia.
Sem cor.
Dependendo da boa vontade do outro.
A vida não é feita de doação,
ela é feita de alegrias somadas,
de histórias bem escritas acompanhadas
de quem de fato faz bem.
Nada de somatizar quem não agrega.
A vida é curta para ser passada mal acompanhada.

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