Bem Vindo

domingo, 29 de setembro de 2013

 
A vida precisa ser renovada.
A morte é a mudança que estabelece a renovação.
Quando alguém parte, muitas coisas se
modificam na estrutura dos que ficam e,
sendo uma lei natural, ela é sempre um bem,
muito embora as pessoas não queiram aceitar isso.
Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta.
Lembre-se de que nós não temos nenhum
poder sobre a vida ou a morte.
Ela é irremediável.
O inconformismo, a lamentação,
a evocação reiterada de quem se foi,
a tristeza e a dor podem alcançar a
alma de quem partiu e
dificultar-lhe a adaptação na nova vida.
Ele também sente a sensação da perda,
a necessidade de seguir adiante,
mas não consegue devido aos
pensamentos dos que ficaram,
a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil,
volta ao lar que deixou e fica ali,
misturando as lágrimas,
sem forças para seguir adiante,
numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.
Pense nisso.
Por mais que esteja sofrendo a separação,
se alguém que você ama já partiu, libere-o agora.
Recolha-se a um lugar tranquilo,
visualize essa pessoa em sua frente,
abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente.
Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja.
Despeça-se dela com alegria, e
quando recorda-la, veja-a feliz e refeita.
A morte não é o fim.
A separação é temporária.
Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz.

A morte é só uma mudança de estado.
Depois dela, passamos a viver em outra dimensão.

Zíbia Gasparetto
 

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