Bem Vindo

sábado, 1 de junho de 2013




 De repente, a gente se olha e tem a impressão 
de encontrar quase outra pessoa, 
uma versão nossa revista e atualizada.
Mas, no fundo, ela não é tão nova quanto aparenta.
Estava lá, em estado de latência, o tempo todo, 
como a flor que já mora na semente e um dia desabrocha.
Às vezes me ocorre que viver é se despir lentamente 
das peças que encobrem quem somos até 
que a idéia original apareça, 
uma espécie de strip-tease da alma.
Podemos levar muito tempo para começarmos a ficar 
mais parecidos com nós mesmos, 
mas também podemos passar uma vida inteirinha escondidos 
numa montoeira de roupa que não nos pertence.
Mudar não acontece por mágica.

Ana Jácomo

Sem comentários:

Enviar um comentário