Bem Vindo

segunda-feira, 6 de maio de 2013



Ponha a saia mais leve, aquela de chita 
e passeie de mãos dadas com o ar. 
Enfeite-se com margaridas e ternuras 
e escove a alma com leves fricções de esperança. 
De alma escovada e coração estouvado, 
saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios 
para quem passe debaixo de sua janela. 
Ponha intenções de quermesse em seus olhos 
e beba licor de contos de fada. 
Ande como se o chão estivesse repleto de 
sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, 
cada qual trazendo uma pérola falante 
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.


 Artur da Távola

 

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