Bem Vindo

quarta-feira, 8 de maio de 2013



O amor não tem fórmula, mas eu acho
que o amor tem que fazer rir, tem que ter graça.
A graça tem que entrar na hora em que as coisas ficam
mais pesadas, mais sérias, mais sem saída.
É que nem sempre tudo é bom e caminha bem.
O amor de vez em quando anda na corda bamba.
Ele tropeça, quase cai, mas fica em pé.
Porque ele precisa ser trabalhado, não basta amar e pronto.
O amor tem rotina, tem ronco, tem louça suja,
tem conta que vence, tem tapete do banheiro molhado,
tem tampa da privada levantada, tem bagunça no meio da sala,
tem roupa pra lavar, tem cocó do cachorro pra juntar,
tem ciúme, tem briga, tem sujeira, tem toalha molhada na cama, tem comida no forno, tem copo vazio na mesa de centro,
tem discussão por besteira, tem calor,
tem frio, tem sede, tem fome.
Amar não é nada fácil, apesar do amor ser simples.
O amor é construção.
E é justamente por isso que a gente deve esquecer 
tudo que aprendeu, tudo que imaginou e começar do zero.
E recomeçar todo santo dia.
Porque o amor é isso: 
um eterno recomeço. 

Clarissa Corrêa
 

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