Bem Vindo

terça-feira, 16 de abril de 2013



Eu sou do mato, sou da brisa.
Sou da relva, da montanha, da água, dos pés descalços, 
do simples, do café quentinho no bule, do olhar pela janela.
Do dia amanhecer com a canção dos pássaros, da prosa leve, 
da pipa no céu, do sorriso da criança.
Da canção na viola.
Sou das árvores, das flores, de colher a fruta no pé, 
do animal de estimação,
da amizade gratuita, do amor comprometido, 
do bilhetinho, de mãos dadas, de comer lambuzando os dedos.
Do vestidinho leve, da chinela no pé.
Sou do tempo em que o amor fazia a festa homem.
Sou da fase da fidelidade, do poema livre 
da gramática mas preso à sensibilidade.
Sou do tempo da paz, sou tal como diz a canção:
Por tanto amor, por tanta emoção a vida me fez assim.
Me desculpa mundo, mas sou do tempo 
da inocência, dos sonhos e da alegria. 

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