Bem Vindo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Nossos sentimentos são seres vivos

 
 Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos,
meter os pés pelas mãos.
Em mim, 
a anatomia não faz o menor sentido.
Sou do tipo que lê um toque,
que observa com o coração e
caminha com os pés da imaginação.
Multiplico meus cinco sentidos por milhares
e me proponho a descobrir todos 
os dias novas formas de sentir.
Quero o cheiro da felicidade,
o gosto da saudade,
o olhar do novo,
a voz da razão e o toque da ternura.
Luto contra o óbvio,
porque sei que dentro de mim
há um infinito de possibilidades
e embora sentimentos ruins 
também transitem por aqui,
sei que devo conduzi-los com a força
do pensamento até a porta de saída.
Decidi não delegar função 
para cada coisa que eu quero.
Nem definir o lugar adequado 
para tudo de bom que eu sinto.
Nossos sentimentos são seres vivos 
e decidem sem nos consultar.
A prova de que na vida,
rótulos são dispensáveis e 
sentimentos inclassificáveis.

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