Bem Vindo

domingo, 22 de setembro de 2013

Antes que eu te perca
Chega mansinha...
Antes que eu te perceba,
Antes que eu perceba que posso te desejar.

Quietinha...
Bem educada, reservada.
E quem teria coragem de te encarar?

Nem tímida, nem atirada;
Nem calma, nem acalma.
Já chega distante, sem deixar se aproximar.

Chega como minha matemática:
E logo eu que odiava cálculos.
Agora tudo que faço é calcular,
Pensar quanto tínhamos de chance em nos encontrar.

Chega como o inverso, e nada se aplica.
Quando tento me afastar te aproximo,
Quanto tento te afastar não consigo.
Viu?! Logo eu que tentava tudo explicar.

Não que eu espere te perder,
Mas antes de te perder preciso dizer:
Vê? Sente? Sente sem precisar entender?
Vem? Diz que vem; contra tudo e todos, só por ti e por mim.

Trincou meus medos enchendo-me de desejos,
Não repouso mais nas dúvidas ou duvidando.
Ando acordado pescando madrugadas,
Como numa jangada, na escuridão de uma lagoa sem margens.

E agora? 

Agora antes que te perca digo:
Vem comigo! 

Sem destino: 
o destino a gente faz.
De qualquer forma vamos nos perder e, antes que eu te perca,
Perca-me em você de vez, preciso algo dizer.

Bem, antes de nos perdermos permita-me em silêncio,
No ouvido dos teus sonos sussurrar meu abandono.
Caminho para onde vou me perder, porque perdido te encontrei.
E agora?

 Agora não tenho mais medo de te encontrar,
Nem que para isso eu precise novamente me perder.
Importante é não perder você.

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